Sensações do Dia Seguinte

Cléber

Pelo dia com trabalho, a ida ao prédio e depois à universidade, havia um pouco de cansaço que era, porém, encoberto pela satisfação, alegria e admiração pelo novo local conhecido. Apenas em minha primeira visita ao prédio, já me senti com a mente mais aberta, pois me foram possibilitadas algumas reflexões como: formas de organização social que são prioritariamente pelo diálogo, a importância da arte para a inclusão social, demonstrada claramente no local, o sentimento de aproximação e valorização com expressões artísticas variadas, antes desconhecidas por mim de certa forma, tanto por parecerem distantes quanto pelo desinteresse que possuía, e de certa forma uma paixão despertada pelo local, com o início de planejamento de retorno, para participar dos eventos oferecidos por eles e buscar aprender, apreciar, valorizar e quem sabe até aprender alguma das expressões artísticas contidas no local.


Danilo

Eu senti uma mudança enorme de visão quanto à arte em ambientes urbanos. Após testemunhar um lugar tão lindo, colorido, artístico e impactante eu comecei a olhar com mais atenção e clareza expressões artísticas pela cidade, desde pichações até artistas de rua: tudo tinha um ar mais profundo depois daquilo.


Jonas

No dia seguinte acordei bem tarde, devido ao cansaço e por ser sábado, estava feliz por finalmente ter visitado o local e ter dado início ao trabalho, já que o adiamento do evento e a possibilidade de termos que trocar de tema estava me deixando preocupado. Nesse dia acabei por refletir muito sobre a experiência que tive, tanto no meio artístico, pois o enorme acervo do Ouvidor 63 é realmente lindo e diversificado, como no meio social, refletindo sobre a situação de desigualdade e desvalorização que muitas minorias sofrem em nosso pais e que levou ao nascimento deste refúgio cultural.


Luiz

O dia seguinte foi gratificante por tudo que eu tinha visto, pelas pessoas que conheci, pelas formas de expressão, pelas inúmeras identidades que se manifestavam em forma de arte.Senti o cansaço físico, ou seria uma preguiça? Fiquei feliz por ter a oportunidade de conhecer algo que é tão incrível e levar isso pra dentro da universidade como uma forma de conhecimento de um mundo que de certa forma me identifico muito. Após a visita ao Ouvidor 63, senti uma disposição que há muito tempo não sentia em ouvir umas músicas, de rever algumas técnicas de desenho e de querer produzir a minha arte. Também senti vontade de voltar e conhecer mais os artistas e participar das oficinas oferecidas por eles, e quem sabe um dia poder ajudar a ocupação em alguma coisa.


Maria Eduarda

No dia seguinte, sábado, acordei um pouco cansada, mas feliz por poder dormir até mais tarde, já que estava de folga do trabalho. Depois de tomar café, fiquei muito pensativa sobre tudo o que tínhamos visto e sobre como tudo aquilo tem significados diferentes para os moradores e para quem vê de fora e não sabe uma vírgula sequer sobre a história daquelas pessoas. Vimos uma criança lá e ver a mãe Alexia, mulher que apresentou o prédio pra gente, falar sobre o modo como a filha já questionava e impunha suas vontades e opiniões (dizendo coisas como “você tem que me respeitar, eu já moro nesse prédio há muito tempo”) me fez pensar muito sobre como as novas gerações percebem e vivem – ou pelo menos querem viver - o mundo de uma maneira diferente.

Passei um bom tempo do dia pesquisando sobre o Ouvidor e vendo as fotos que tínhamos tirado no lugar. Contei pra toda minha família como tinha sido a ida até o centro cultural e comentei que pretendo voltar lá em outros eventos. Mas, como eu tinha um compromisso no fim da tarde, tive que me arrumar para poder sair de casa às 17h. Estava me sentindo muito grata e pensando sobre como eu queria levar todos os meus amigos e o meu namorado para conhecerem o espaço e as pessoas. Me senti muito a vontade lá, todo mundo tratou a gente super naturalmente e isso fez eu me sentir em casa, literalmente. Em um passado não tão distante, tudo aquilo que vimos no Ouvidor 63 não seria considerado arte, mas pra mim tudo foi muito impactante. Ali, além de expressões artísticas diversas, há privacidade, respeito, solidariedade, colaboração, alegria e acolhimento. É um espaço de diversidade artística e humana.


Matheus Albuquerque

Ao acordar no sábado dia 14/07, estava muito gratificado pela experiência que tive no Ouvidor, pela troca de informações, pela aprendizagem com um estilo de vida completamente diferente do que estou habituado e me senti comprometido em retornar no Ouvidor em um próximo evento, tendo em vista minha surpresa e interesse quanto ao processo de formulação de arte e a sua diversidade. Não senti nenhum sintoma de cansaço, até porque não se tratou de um percurso longínquo. Outro fato que posso relatar foi a preocupação que deixei de ter quanto as estruturas do prédio, ao perceber durante a visita, a organização dos moradores em prol da conservação do mesmo. Fiquei esperançoso quanto ao projeto que nos foi contado de arrecadação de fundos por parte dos moradores para tentar a compra do prédio.



Matheus Pavanelli

No dia seguinte, ainda estava muito empolgado com a experiência e também muito impressionado com o sentimento de acolhimento que o local me proporcionou. Ao longo do dia, notei meus amigos cansados de me ouvir falar do local e de ver as milhares de fotos que tirei. Fiquei com a certeza de que irei visitar o Ouvidor novamente.


William

No dia seguinte, senti um misto de admiração e perplexidade, pois vivenciar novas realidades, conhecer pessoas de diferentes culturas e experienciar a rotina da grande São Paulo, proporcionou um turbilhão de emoções difícil de descrever. Mas em poucas palavras, acho que posso dizer que foi uma sensação de admiração, espanto ou perplexidade.

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